Claudia Guedes Colunistas — 24 outubro 2011

Não são poucas as vezes que sentimos desrespeitados, sem voz e impotentes diante de situações que não corroboram com os nossos princípios e valores. De um lado a voz da maturidade reclama a exposição de nossos limites e a coragem de enfrentar diversidades, por outro lado não queremos “ofender” ou “agredir” pessoas queridas beijando os amores de nossas vidas em público, ou simplesmente andando de mãos dadas. Por mais abertura que estejamos vivendo no Brasil, com casais gays se casando nas novelas, meninas paquerando outras meninas em seriados e propagandas, ainda temos apresentadores que chamam de “veado” quando querem fazer as pessoas rirem.

Com relação às mulheres sequer existe uma definição, se por acaso elas não usam vestidos, ou maquiagem, ou não depilam o buço – elas viram “uma coisa, uma aberração”, como é o caso dos diálogos observados por mim em uma das novelas. O homem vira bicha, veado, se afeminado; a mulher, se masculinizada, vira monstro! Nesta brincadeira de transformação a pergunta é quem esta ofendendo quem?

O fato é que a natureza humana de pessoas que não se respeitam, necessita do julgamento, da categorização e classificação de pessoas em tabelas. Os “heteros” tem sua própria tabela de classificação e não muito diferente, muitos “gays e lésbicas” também classificam de acordo com classe social, jeito de vestir, gosto musical e atividade de lazer. De novo, quem está ofendendo quem?

Ultimamente tenho me rebelado a conversar de forma gentil com os classificadores de seres humanos. Tenho sim evocado a palava respeito, definida no dicionário Aurélio como: sentimento que leva a tratar alguém ou alguma coisa com grande atenção, profunda deferência.

Este “alguém” que sou eu, você, sua galera de amigos, seus vizinhos, a turma da barão ou a galera da gavea, as outras pessoas que vivem num mundo diferente do seu … são feitas do mesmo tecido que você: pele, músculo, ossos e visceras. Este tecido tem várias cores, tamanhos e formas. Atraem pessoas que admiram, mas não devem ser destruídos porque “alguém” não gostou. Não gostar é escolha pessoal. Respeito é lei universal!

Respeitar dá trabalho! É como aquela frase: Todo mundo que ir para o céu, mas ninguém quer morrer. Respeitar é reconhecer a fragilidade da existência, somos muito pequenos quando comparados ao tamanho do universo. Somos especiais quando fazemos o mundo em que vivemos um lugar em que arte de viver é uma criação de respeito a criatura!

Boa Semana!

Claudia Guedes

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